Depois do hiato em Dezembro, volto às entrevistas monotemáticas. A convidada desta edição é a Daniela Rôla, crítica de cinema no À pala de Walsh, e profunda conhecedora de tudo o que diz respeito à perfumaria.
No dossier que o site de cinema dedicou aos cinco sentidos, coube-lhe obviamente escrever sobre o olfacto. A autora assegura ainda o Perfume Cameo, uma página de Facebook onde colecciona imagens de perfumes em filmes, anúncios com estrelas de cinema, entre outras curiosidades.
Até eu, que não uso perfume e tenho uma certa alergia a fragrâncias demasiado fortes, fiquei fascinado com a nossa conversa.
Ao comprarem livros, CD e DVD através dos links da Amazon e da Wook, recebo uma pequena comissão.
Primeiros aromas
Começo com a pergunta óbvia: de onde é que vem o teu interesse pelos perfumes?
O primeiro factor de interesse foi a minha mãe usar perfume. Ela não era propriamente fiel a um, mas usava sempre. Lá em casa, era uma presença constante. E o meu pai oferecia-nos perfumes, à minha irmã e a mim, em ocasiões especiais, aniversários, Natal. O interesse ficou mais sério quando li por acaso um artigo do Financial Times, num suplemento que ainda hoje existe, o How to Spend It. Era sobre o regresso à perfumaria clássica, a perfumes que existiam há décadas e décadas e estavam a causar novo interesse. Achei fascinante ter a possibilidade de cheirar algo que já cheirava assim nos anos 50, um perfume que tinha sido usado por alguém conhecido, por alguma figura que admirasse. Os perfumes que eles destacavam eram da Caron, uma marca com poucas lojas em Paris, era tudo assim um bocadinho secreto. E da Guerlain, uma grande casa de perfumes. Então, fui a uma perfumaria lá no Porto e perguntei se me arranjavam um exemplar do Jicky, que é considerado o primeiro perfume da perfumaria moderna, com uma estrutura complexa: tem notas de base, notas do meio, notas superiores1. E eles conseguiram arranjar-mo.
E tiveste logo uma relação com os criadores? Tinhas preferências?
Na altura, ainda não era muito óbvio. Não havia propriamente o culto do perfumista. É claro que alguns eram muito conhecidos, nomeadamente o Eau Sauvage da Christian Dior [criado por Edmond Roudnitska] ou o Chanel n.º 5 [de Ernest Beaux]. Havia as grandes figuras, o Ernest Daltroff, fundador da Caron, os perfumistas da Guerlain, todos ligados à família de Pierre-François Pascal Guerlain [que criou o Jicky]. Mais recentemente, começou a aparecer a perfumaria de nicho. Marcas com uma produção mais reduzida, que não faziam publicidade, tinham um tipo de distribuição muito limitada. É a chamada perfumaria independente, como há o cinema independente.
E essas estão mais ligadas ao criador?
Há uma marca que foi mesmo criada como se fosse uma editora de livros, a Éditions de Parfums. O editor, Frédéric Malle (que por acaso é sobrinho de Louis Malle), convida um perfumista. Há uma ideia, debatida entre eles. Os frascos são todos iguais e, no rótulo, aparece o nome do criador e o título da obra.
Segues criadores como segues um realizador ou um escritor?
Sigo o Francis Kurkdjian. A Sophia Grojsman. Maurice Roucel. O Jean-Claude Ellena, que é um dos perfumistas mais conceituados. Ele tem um tipo de composição de que as pessoas se queixam por ser muito diáfana. São ideias muito trabalhadas, construídas mentalmente. Ele quase renega o seu primeiro grande sucesso, o First da Van Cleef and Arpels, que é de flores mais opulentas, digamos que mais pesado.
Há perfumes que admiras, mas não serias capaz de usar?
Há uma marca que se chama État Libre d'Orange e eles têm vários perfumes, até um em colaboração com a Tilda Swinton, com aromas que ela associa à casa dela, tem notas de abóbora por causa de uma tarte... Há espaço para muita coisa nessa marca e alguns são assim com um espírito mais humorístico. Existe um, o Sécrétions Magnifiques [cuja essência são secreções como suor, saliva, esperma]. Em termos de conceito está muito bem desenvolvido, muito bem conseguido, mas acho que ninguém usaria. Não indo ao extremo, o Serge Lutens tem o Muscs Koublaï Khan, que é almiscarado... O almíscar é uma nota animal e realmente há ali qualquer coisa de quente que para algumas pessoas é repugnante. É aquilo que se associa aos perfumes masculinos dos anos 80. Sujo. É um perfume um bocado sujo. O que algumas pessoas fazem é combinar esse perfume com outro. Tenho esse e gosto, mas se for preciso complemento com um perfume mais fresco. Algumas pessoas fazem isso muito bem, a sobreposição de perfumes também é uma arte.
A escrita perfumada
Quem usa perfume também pode ser autor?
A Sarah Jessica Parker, por exemplo. Existe um livro que acompanha uma criação da Hermès mais tradicional e também a criação do primeiro perfume da Sarah Jessica Parker [The Perfect Scent: A Year Inside the Perfume Industry in Paris and New York]. Ela sabia bem o que queria. Esteve muito envolvida no desenvolvimento do perfume. O ponto de partida era um óleo que ela comprava numa lojita qualquer lá em Nova Iorque, que tinha um cheiro adocicado ou mais almiscarado, já não sei, um perfume da Comme de Garçons com notas de incenso… Ela costumava sobrepor três cheiros e a ideia do perfume partiu daí. Claro que depois houve uma equipa de perfumistas a desenvolvê-lo.
Como é que acompanhas a perfumaria?
Um dos primeiros livros que li era quase um directório de perfumes, The Perfume Companion: A Connoisseur's Guide, de Nigel Groom. Tinha dois ou três perfumes por cada marca e havia uma pequena resenha do perfume, quais eram as notas, o ano de composição, quem é que o tinha criado, e depois havia uma pequena história de cada marca. Era um bom ponto de partida. Depois, houve uma fase em começaram a surgir fóruns de discussão na Internet. Também há livros de crítica, em particular do Luca Turin, que é assim uma grande figura. Ele escreveu vários livros. Um deles com a mulher dele, a Tania Sanchez [Perfumes: The A-Z Guide], que tem centenas de críticas a perfumes. O Turin tem um tipo de escrita muito interessante, é capaz de misturar música, ópera, cinema ou química. Também há livros mais do tipo diarístico, por exemplo do Jean-Claude Ellena, mais aforístico. Na Que sais-je?, aquela colecção francesa de livrinhos pequeninos sobre temas diferentes, o livro sobre perfume é escrito pelo Ellena [Le Parfum]. Existe também uma revista muito importante que sai duas vezes por ano, a Nez.
Fizeste a tradução de um texto da Nez para o dossier dos sentidos do À pala de Walsh.
Exactamente. Cada revista tem um tema. Por exemplo, pode ser sobre cores, viagens, o dinheiro, o que quer que seja. Há artigos sobre diversos aspectos, sobre diversos ingredientes de perfumes, sobre um perfumista em particular. Depois tem uma parte de crítica do que vai sendo lançado. Alguns participantes da revista trabalham no ISIPCA [Institut supérieur international du parfum, de la cosmétique et de l'aromatique alimentaire], em Versailles, que forma perfumistas. Muitos deles vêm dos fóruns da Internet.
Como é que se escreve sobre um perfume? A minha pergunta é um bocado tola, porque também se escreve sobre música, e esta também é incorpórea.
Acaba-se sempre por ir pelo lado emocional, por associação. Por exemplo, a Nez tem uma secção engraçada, em que escolhem um perfume adequando-o a uma personalidade pública, pode ser a Sarah Bernhardt ou o Tchaikovsky… Sem ser na revista, lembro-me de uma crítica do Luca Turin em que ele falava do consumo de álcool na população francesa para chegar a um perfume. Dava voltas muito grandes, com humor também, faz parte. Uma pessoa às vezes cheira um perfume e diz «ah, tem uma nota verde». E o verde quer dizer frescura, ser viçoso. A crítica acaba por usar muito dos outros sentidos para falar do olfacto.
O perfume do cinema
A propósito desta espécie de sinestesia, quando fizeste a crítica ao Coup de chance, do Woody Allen, atribuíste um perfume a cada personagem. É uma coisa que te surge naturalmente?
Estava com pouca inspiração e comecei a pensar nos perfumes, também porque o Serge Lutens [há uma cena na loja do criador] é um autor muito especial, tem um grande culto entre os admiradores de perfumes. E a própria fotografia do filme, todas as cores, aquele ambiente de Paris, associo-os muito às idas a Paris, quando ia com o desejo de descobrir perfumes. Nomeadamente quando fui pela primeira vez à loja do Serge Lutens. Aquilo é um templo dos perfumes. Ele vende-os nuns frasquinhos que parecem sinos, que se chamam «bell jars», mas só ali. A linha de exportação tem outro tipo de frasco, mais rectilíneo.
Ligas perfumes a pessoas e a personagens?
Num filme, se há cena que tem um toucador ou uma casa de banho, olho para os perfumes. E às vezes isso traz alguma coisa à personagem. Há até um filme que tem um crédito de perfume, que é o Paris When It Sizzles… Existe um site, o World Wide Aura, que faz o mapeamento de tudo o que aparece de perfumes e cosméticos em filmes. Tentam identificá-los — há pessoas que andam ali a aumentar a imagem para perceber qual é o perfume.
As comédias românticas dos anos 30 têm um cheiro?
A quantidade de filmes do [Ernst] Lubitsch em que ele usa perfumes… Há aquela cena da Pola Negri [em Die Bergkatze] e mesmo a peça original do The Shop Around the Corner passava-se numa perfumaria. Hoje em dia há milhares de lançamentos de perfumes. Nessa altura, não. A probabilidade de uma mulher de alta sociedade usar determinado perfume, um certo tipo de notas, era alta. Para mim têm um cheiro. Pode ser um perfume da Caron, pode ser um Patou ou um Lanvin. Consigo imaginar perfeitamente o tipo de perfume que a Jean Harlow usa no Dinner at Eight: floral e rico. Para não falar nos casos em que se sabe o que as estrelas usavam. Por exemplo, a Marlene Dietrich vestia muitos fatos de homem, feitos num alfaiate de Viena, o Josef Kniže, cuja loja é muito conhecida por ser do Adolf Loos. Ele tinha um perfume que ainda hoje existe, o Knize Ten, que a Marlene Dietrich usou muitos anos.
O que achas daquelas experiências tipo Smell-O-Vision ou Odorama, que tentavam incluir o olfacto nos sentidos do cinema?
Aqui há uns tempos li que o Walt Disney pensou em criar um perfume para acompanhar o Fantasia. Por um lado, faz perfeito sentido. Por outro, prefiro imaginar e não cheirar. Prefiro cinema sem adornos ou acessórios.
Ia contrapor isso. O cinema visualmente consegue-nos dar cheiros. Se num filme houver uma casa muito suja ou um cadáver, acho que conseguimos imaginar o mau cheiro. E depois há o cheiro característico das salas de cinema.
As salas de cinema do Corte Inglés têm um cheiro muito característico, tem que ver com pipocas, mas a mim parece-me mais a panados, um cheiro a fritos entranhado. O do Nimas é de perfumador de casa de banho, que identifico ao cheiro da maçã verde.
Associas cheiros a determinados filmes?
Isso é até mais a questão das estrelas. Os perfumes associados a actores, porque eles mesmos os lançavam. Há um da Catherine Deneuve que tem fama de ser excepcional, mas que desapareceu rapidamente, foi descontinuado. A Elizabeth Taylor tinha vários perfumes, que ela promovia activamente, o próprio Alain Delon também tinha a sua linha de perfumes. E às vezes é surpreendente, há perfumes de actores de que não seria de esperar, como o Jean-Louis Trintignant.
Como é que o cinema representa a perfumaria?
Há uma comédia romântica muito engraçada do Jean-Paul Rappeneau, o Le Sauvage, com o Yves Montand e a Catherine Deneuve. A personagem do Yves Montand é a de um criador de perfumes. A história é rocambolesca, ele está numa ilha deserta. Esse é daqueles que mostram mesmo a criação... Há poucos anos também vi um filme que se chama Les Parfums [de Grégory Magnes], com a Emmanuelle Devos, em que ela é uma criadora de perfumes. Aí o facto de ela criar perfumes é mesmo uma parte importante da história. A Christine Nagel até foi a conselheira do filme.
E anúncios de perfumes feitos por realizadores? O David Lynch tem imensos.
Há um que eu achava incrível dos anos 90, que é da Égoïste da Chanel. É uma série de mulheres que abrem portadas e gritam «Égoiste! Égoiste!». Esse é do Jean-Paul Goude, que também fazia aqueles clipes com a Grace Jones e assim. Esse é dos mais memoráveis. E havia, claro, aquele de que toda a gente se lembra, do «Loulou? Oui, c'est moi». Penso que será também da Sarah Moon, era ela que fotografava as campanhas da Cacharel.
Mas interessam-te como objecto? Raramente têm que ver com o perfume em si.
Há casos em que provavelmente há mais dinheiro na publicidade do que na fórmula. A perfumaria de nicho era uma maneira de contradizer essa tendência. E tens briefings muito apertados, na perfumaria comercial há a tendência para copiar o último sucesso, repeti-lo noutras marcas, uma coisa menos autoral. Por exemplo, o Chanel n.º 5 teve a Ali McGraw, mesmo a Deneuve. Hoje em dia, esses anúncios assentam na estrela, não têm graça nenhuma. E até vão buscar nomes de realizadores da praça.
Mesmo grandes realizadores como o Martin Scorsese… Corrige-me se estou enganado: a Isabella Rossellini é muito associada à Lâncome.
Ao Trésor da Lâncome, sim.
Tenho ideia de que ela é mais famosa por isso do que pelo cinema. Claro que fez imensos filmes, mas tirando o Blue Velvet, não me lembro assim de nada em especial.
Sim, sim, a nossa geração cresceu com aqueles anúncios. E ela continua a ser embaixadora da marca.
Na música parece mais difícil fazer associação de cheiros. Há o «Patchouly», do Grupo de Baile, é do que me lembro agora...
O Jens Lekman escreveu uma canção chamada «What's That Perfume That You Wear?» e depois de lançar a música lembro-me de ele divulgar que estavam a pensar lançar um perfume inspirado na música. E foi avante [o perfume chama-se That Perfume That You Wore]. Mas é muito mais fácil encontrar ligações com o cinema do que com a música.
Mesmo com a literatura é mais difícil.
Há uma colecção de perfumes dedicada a um autor ou a uma obra, da marca Jardins d'écrivains. É a ligação mais imediata de que me lembro.
O cheiro da memória
Há algum cheiro de que gostes e que normalmente as pessoas não gostam muito? Eu, por exemplo, gosto de lixívia, não sei porquê.
Cheiro a tinta. Na infância, o Verão era a altura de fazer reparações. Faço uma associação entre infância, Verão, um tempo mais relaxado... Quer dizer, se tiver de levar com o cheiro o dia todo, vou queixar-me de certeza. Mas não tenho uma rejeição imediata.
Consegues imaginar um perfume da mesma maneira que visualizas qualquer coisa?
Nem sempre, por vezes tem de ser mesmo por reconhecimento, mas já me aconteceu lembrar-me de um perfume e não saber qual é. Pode ser irritante. Apetece-me cheirar o perfume, tenho as notas na cabeça, parece que estou a senti-lo, e tenho uma branca.
Um cheiro facilmente me traz uma memória, mas o contrário não é necessariamente assim.
Quem trabalha mesmo essas capacidades vai conseguir coisas que nós não conseguimos, nomeadamente construir um perfume intelectualmente. Um perfumista consegue compor, sem estar propriamente na presença dos elementos. Pode desenvolver a fórmula na cabeça, apontar percentagens de ingredientes, imaginar combinações de notas e pensar o que seria interessante.
Existe o culto dos perfumes que já não existem?
Há dois dramas. O primeiro é a pessoa gostar muito de um perfume e este ser eliminado da linha e deixar de estar disponível. O segundo é o perfume continuar a existir, ter o mesmo nome, mas mudarem as notas. Isso acontece inevitavelmente. Havia notas que se podiam usar há trinta anos e que não se podem usar hoje em dia. Há constrangimentos da União Europeia, regras comunitárias. A quantidade de perfumes descontinuados é sempre um tema entre os amantes da perfumaria. Às vezes, há o rumor de que um perfume vai ser descontinuado e as pessoas compram vários frascos, com receio. Depois, andam no Ebay e noutros sites à procura de perfumes que já não existem. Chegam a atingir preços absurdos. Há uma Osmothèque em Versailles que conserva formulações de perfumes que já não existem. É um verdadeiro museu do perfume. Não é tremendamente acessível, tem de se ir com marcação e é muito direccionado aos alunos dos cursos do ISIPCA.
A magia das flores
No The Wizard of Oz a flor faz adormecer, no The Thief of Bagdad a flor faz esquecer. Há um lado de conto de fadas, um poder mágico nos cheiros?
Já para não falar da telenovela em que elas comiam as flores... Pedra Sobre Pedra. Lembro-me de que era com o Fábio Jr., elas comiam a flor e sonhavam com ele.
Quando o Dana Andrews cheira as coisas da Gene Tierney no Laura quase a conjura, é ele que a traz à vida.
Se tiveres um jardim cheio de laranjeiras em flor, elas cheiram muito é à noite. Há toda uma conotação aqui, até mesmo erótica. E efectivamente havia quem dissesse que as flores muito intensas perturbam o sono, eram associações assim de um certo poder das flores. Mas por outro lado também são lúgubres, porque quando vemos muitas flores acumuladas normalmente é em situações ligadas à morte. Não sei se vem também dessa ligação entre o escuro e a noite. E depois há um certo protocolo das flores, que flores são adequadas a cada situação, o seu significado. É um bocado efeito de pulsão mágica.
A morte cheira um bocado a flor, de facto.
Num exemplo um bocadinho mais histriónico, tens os smellings salts, quando as pessoas estão a desfalecer…
E ainda nos estamos a esquecer do rapé, uma presença presente nos romances do século XIX.
No Gold Diggers of 1935 [de Busby Berkeley], o tipo está sempre com a caixinha de rapé.
Uma sugestão
Ao contrário do habitual, roubo uma sugestão à Daniela, que conto eu mesmo seguir: a ida ao Palácio Pimenta, ou seja ao Museu de Lisboa, para ver «Cheira Bem, Cheira a Lisboa».
A exposição, que está patente até 23 de Fevereiro, apresenta o espólio de Afonso Oliveira, coleccionador de perfumes portugueses há mais de quarenta anos. Segundo a Daniela, «os frascos são lindíssimos, género art déco». A maior parte já não é comercializada.
Por hoje é tudo. As palavras são minhas (e, esta semana, da Daniela). A revisão é da Beatriz Marques Morais. Tenham uma boa semana. Até ao próximo domingo.
As notas são os ingredientes do perfume. Podem ser florais, amadeiradas, almiscaradas.
Ah perfumes! Curiosamente estranhei a falta da referência ao livro (o filme é totalmente dispensável) “O perfume” (apesar de clichê). Fora isso considero revisitar esta entrevista várias vezes. 👌
Gostei muito desta entrevista e agradeço a sugestão de exposição, que está patente até ao meu dia de anos. A ver se convenço o meu companheiro a irmos lá antes da Teresa nascer.